"Não ande atrás de mim, talvez eu não saiba liderá-lo.

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PROVÉRBIO SIOUX.

terça-feira, 12 de abril de 2011

ACIDENTE NUCLEAR NO JAPÃO: NÍVEL 7...

Imagens divulgadas nesta segunda-feira pela Tepco, a companhia responsável pela usina, mostra destruição no reator 3 de Fukushima.



Japão situa gravidade do acidente de Fukushima ao nível de Chernobyl

12/04/2011 - 08h54 | do  UOL Notícias

Jairo Mejía.

Tóquio, 12 abr (EFE).- O Japão aumentou nesta terça-feira a gravidade do acidente nuclear de Fukushima ao nível alcançado por Chernobyl em 1986 por causa das concentrações de radioatividade no ar, apesar de insistir nas diferenças entre os dois episódios.

A Agência de Segurança Nuclear do Japão (NISA) revelou que elevou o acidente da planta de Fukushima Daiichi do nível 5 para o 7 com base na análise das quantidades de materiais radioativos liberados no ambiente a partir dos reatores 1, 2 e 3.

O porta-voz da agência, Hidehiko Nishiyama, destacou nesta terça-feira que os acidentes têm elementos diferentes e que as emissões ao exterior de Fukushima equivalem até agora a 10% das liberadas pelo reator quatro de Chernobyl (Ucrânia).

O Organismo Internacional para a Energia Atômica (AIEA) define o nível 7 de gravidade na Escala Internacional Nuclear e de Fatos Radiológicos (INES) como um acidente que emite à atmosfera radiação superior a várias dezenas de milhares de terabecquerel de iodo radioativo.

A NISA disse nesta terça que, após analisar as informações disponíveis, estima que entre 370 mil e 630 mil terabecquerels de material radioativo foram emitidos ao ar a partir dos reatores 1, 2 e 3 de Fukushima, enquanto as medições não levam em conta o impacto da poluição na terra e no mar.

O Governo acredita que uma parte considerável da radiação provém da unidade 2, cuja câmara de supressão, na base do reator, ficou danificada em 15 de março por uma explosão de hidrogênio, informou nesta terça-feira Kenkichi Hirose, assessor do Executivo.

Nos arredores de Fukushima os níveis de radioatividade aumentaram repentinamente entre os dias 15 e 16 de março, enquanto o Governo esperou até o dia 18 para aumentar o nível de gravidade do acidente de 4 para 5.

O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, negou nesta terça que tenha atrasado deliberadamente a decisão de elevar a seriedade do acidente, afirmou que esperavam os "dados científicos" da agência e da comissão de segurança nuclear e reiterou que, embora "ainda não exista espaço para o otimismo", as emissões decresceram.

A imprensa japonesa destacou que os novos dados mostram que desde os primeiros dias as emissões já se aproximavam dos padrões que permitem fixar o máximo nível de gravidade. Nesta terça o Greenpeace criticou que a decisão tenha sido tomada "infelizmente tão tarde".

O porta-voz do Governo japonês, Yukio Edano, pediu perdão "aos moradores de Fukushima, ao povo do Japão e à comunidade internacional" pelo desastre nuclear causado pelo tsunami de 11 de março. A central nuclear foi atingida por ondas superiores a 15 metros.

As autoridades nucleares do Japão lembraram que as emissões foram decrescendo de maneira constante e que agora são de um terabecquerel (1 trilhão de becquerel) a hora.

Nishiyama fez questão de ressaltar as diferenças entre Fukushima e Chernobyl, os dois únicos acidentes da história que alcançaram o máximo de 7.

Segundo o porta-voz da NISA, ninguém morreu por exposição à radiação que emana de Fukushima, enquanto em Chernobyl 30 pessoas morreram pela exposição direta, ao tempo que o reator soviético explodiu, o que não ocorreu no caso japonês.

Nishiyama lembrou que os danos em Fukushima foram consequências de explosões de hidrogênio que afetaram à estrutura exterior dos reatores e que os núcleos não estão totalmente destruídos, apesar de não estarem descartados vazamentos a partir das vasilhas de contenção.

Em Chernobyl, a explosão do reator ocorreu quando estava em pleno funcionamento, enquanto em Fukushima as unidades 1, 2 e 3 pararam imediatamente depois do terremoto há pouco mais de um mês.

Extraído DE BOL NOTÍCIAS.

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