"Não ande atrás de mim, talvez eu não saiba liderá-lo.

Por favor, nem ande em minha frente, talvez eu não saiba seguí-lo.

Ande ao meu lado, para que juntos possamos crescer e galgar os degraus da Consciência Terrena. "

PROVÉRBIO SIOUX.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Japão: Fukushima, como Chernobyl ...

Usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia

 USINA NUCLEAR DESATIVADA DE CHERNOBYL/UCRÂNIA  

                      
Vento e sol - Embora, nos últimos tempos, as manifestações contra as centrais nucleares que são construídas no Japão reunam muito mais manifestantes do que as habituais poucas dúzias, não parece, ainda, que a posição dos japoneses tenha mudado sobre a energia nuclear. Quanto ao governo do país, este mantém-se mudo e, provavelmente, não pensa sequer revisar os planos de seu antecessor, mas aumentará até 2020 em 50% - do atual 35% - a cobertura de demanda energética do país por usinas nucleares. 
Contudo, o Japão poderia mais facilmente do que a maioria dos países desenvolvidos guinar para as fontes renováveis de energia e, em relativamente curto prazo, não necessitar mais os perigosos reatores, sequer o poluente carvão e muito menos o petróleo e o gás natural que importa. 
Até recentemente, o Japão era um dos países pioneiros em novas tecnologias para a fabricação de instalações fotovoltáicas, geradores movidos pelo vento e sistemas de geotermia. 
Até 2006, era o primeiro fabricante de espelhos para captação de energia solar, dominando 40% da fabricação mundial. E é, ainda hoje, um dos maiores construtores dos modernos parques eólicos, embora insista em exportar todos. E isto porque os gênios do governo consideram que a energia nuclear é mais barata, mais "limpa" e - que ironia - mais segura. 
Não só as tecnológicas, mas, também, as geológicas e metereológicas condições no pobre em matérias-primas Japão são ideais para as fontes renováveis de energia. De acordo com estudos dos maiores institutos econômicos mundiais, o Japão poderia ser o primeiro país industrializado que cobriria em 100% suas necessidades energéticas pelas fontes renováveis de energia e, o mais importante, sem reduzir seu atual nível de vida. 

Vontade política - O Japão é um país extremamente montanhoso, com muitos dias de chuva por ano e, consequentemente, poderia apostar na força da água, investindo em unidades hidrelétricas. Além disso, poderia instalar inúmeros parques eólicos no mar em seu entorno. Esta é a vantagem das ilhas. E na maioria de suas regiões o sol brilha durante o maior período do ano. Assim, poderia, então, cobrir parte de suas necessidades energéticas com a energia solar. 
Entretanto, apenas 3,5% de suas necessidades energéticas são cobertas neste momento por fontes renováveis de energia, das quais 75% de geração hidrelétrica e 15% por biomassa. Praticamente, as energias eólica e solar - apesar da suficiência tecnológica do Japão nestes dois setores - são ausentes. E isto apesar do fato de que os japoneses desejem muito se libertar da dependência do petróleo e gás natural. 
Não é por acaso que a terra do Sol Nascente mantém a primazia no uso eficaz de energia e na construção de equipamentos extremamente econômicos no consumo de energia. Contudo, acreditou sempre que a solução era a energia nuclear, assim como não existiu até agora vontade política no país para buscar soluções energéticas de outro tipo. 
Talvez, quando se mostrar em todas as suas dimensões o mal que trouxe o inferno de Fukushima, o clima mude. Talvez. 

Lee Wong 
Sucursal do Sudeste Asiático. TRECHO EXTRAÍD0 DO JORNAL ONLINE "MONITOR MERCANTIL DIGITAL".(20/04/2011 - 18:04).

USINA NUCLEAR DE FUKUSHIMA/JAPÃO.

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